quarta-feira, julho 23, 2014

Eu Vou, Eu Vou... Para a Russia Agora Eu Vou...

Digam o que quiserem, eu gosto do Dunga como treinador. Eu respeito quem tem método e é científico (like american sports). Se ele não deu tão certo quanto esperávamos no INTER... Acontece. Sejamos justos: com Giovani "manos de pantano" Luigi como presidente poucas coisas tem dado certo.

Porém, um espectro nebuloso sempre paira sobre a seleção brasileira desde sempre. Especialmente na copa de 90 quando os jogadores desconfiados com o acerto financeiro puseram a mão sobre o peito para tapar o patrocinador e tirar uma foto que ficou famosa depois.


Imagino a "alegria" dos chefões com essa foto
Não vou nem entrar na questão se o Alemão quis ou não dar um carrinho no Maradona que resultou no gol da Argentina. E tantos outros pequenos erros que resultaram em grandes "desastres" (perder ou ganhar é do jogo). Muito menos na bobagem de "mercenários", "não amam a seleção!". Todo mundo precisa de dinheiro e  o futebol, apesar de todo seu aspecto e aura de mística é apenas um esporte. MESMA coisa que assistir a um jogo de baseball ou poker: é entretenimento. Porém, alguma coisa acontece em nosso cérebro que parece estarmos assistindo a invasão da Normandia ou a batalha de Stalingrado quando na TV passa um mísero breNAL.


Sepé na meia-cancha: Essa Terra Tem Dono!
Voltando para a seleção canarinho, o fato é que eu, volta e meia, desanimo de torcer para a seleção porque o time joga mal, mas se salva numa jogada individual. Jogar mal é muito genérico e injusto, porque todos os times podem jogar mal. Sendo mais claro, a seleção não joga como um time, não é jogo coletivo ou colaborativo. A seleção muitas vezes é apelativa do talento individual. Isso é obsceno e broxante. Uma falsa ilusão de ser o melhor time, mas, na verdade, "apenas" tem o melhor jogador.

Eu acho essencial termos o sniper. O cara que mata. MAS, resumir a isso empobrece o futebol e o entretenimento. Por NÃO ser isso a copa fascinou tanto, o jogo fica dinâmico e rico em possibilidades.


Putaria na Imprensa (e não falo da loira)
Pena que o mais comum ultimamente é NÃO vermos a seleção brasileira como um time consistente e sim um time remendado com um craque que resolve. MAS (graças a Deus) isso nem sempre resolve. A Alemanha e o seu super software que o diga.

Sempre torci para que um dia alguém colocasse o Brasil no seu lugar e mostrasse a realidade para que, depois disso, trabalhasse de verdade para ser de fato o melhor time. MAS, também não precisava exagerar e tomar SETE numa semi-final de copa do mundo. MEO DEOS!


RUN, FOREST!
Deveria-se começar com coisas simples, como o calendário, organização das competições, elevar o nível técnico dos times de ponta e dar sustentabilidade financeira para as pequenas equipes. A partir daí começar a reestruturação, onde a seleção seria o referencial e a vitrine do futebol brasileiro, não apenas uma vitrine de mercadorias.

Uma ideia simples: Que tal além de vaga na libertadores os times melhor classificados ter o direito de jogar em casa quando o jogo for no final de semana no campeonato brasileiro seguinte?



Futiboleiras já!
Para que tudo isso aconteça, é preciso elevar o valor de mercado dos times brasileiros e do próprio campeonato. Coisas que o Louis fala ha anos aqui.

Outra coisa é colocar o futebol no seu devido lugar como ferramenta de inserção e formação. Respeitar sua importância educacional, econômica e cultural.

Seria o ideial criar ligas universitárias (organizadas, estruturadas e patrocinadas) para que o futebol pudesse exercer todas as suas funções, além de poder ser estudado e praticado pelos jovens, servindo, também como uma via para coleta de talentos. Em pleno século XXI não podemos aceitar que o esteriótipo do menino pobre e de fraca formação cultural tem no futebol a sua via de ascensão e segue "burrôncio" (sem formação) o resto da vida seja a realidade de 99% dos casos. 

A meninada precisa de uma alternativa consistente para o caso de não dar certo no futebol. A vida segue, inclusive depois, no final da carreira. Teríamos outra sociedade. Sem preparo a vida nos recebe sempre como um zagueirão brucutu que chega de carrinho no joelho.


Precisamos de Futuros Melhores
Organização, planejamento, Respeito e Profissionalismo. É isso que eu espero dessa nova era DUNGA. Mais do que ser campeão mundial quero me orgulhar do país em que nasci e vejo no futebol uma ferramenta poderosa pra isso E NÃO ESTOU FALANDO DE FUTEBOL ARTE e sim da construção de uma nação com a perspectiva de um futuro melhor para todos os jovens e novos boleirinhos.



"Ganhamos essa porra!"

Para refletir, também, acho interessante ver esse artigo sobre o que faltou estrategicamente a seleção brasileira contra a Alemanha na visão de um colega. Da nossa parte, para fechar, vamos dando as boas vinda a próxima Copa do Mundo.



E Viva a Copa na Russia! (Que vestidinho maroto da Ангина)
Na Russia os pais acompanham com os filhos a programação infantil




@cristiandrs


PS: Tá difícil sair um post que foi prometido. Não prometo mais, parece que vira maldição. Por que não vai sair hoje sobre pontaria? Acho mais relevante no momento falar sobre o retorno do Dunga para a seleção brasileira.